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Saúde

Setembro Amarelo: 7 dicas para cuidar da saúde mental em tempos de pandemia

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Considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) uma das doenças mais incapacitantes do mundo, a depressão atinge mais de 12 milhões de brasileiros. Embora mais frequente entre mulheres, o transtorno não escolhe gênero, faixa etária ou classe social e pode, quando não tratada, levar ao surgimento de outras doenças e, até mesmo, ao suicídio.

De acordo com a psicóloga e Supervisora Técnica de Saúde Mental do CEJAM, Dra. Tatiana Mendes Alencar, o momento atual pede atenção redobrada para sinais que podem indicar depressão. “O isolamento social é uma medida sanitária e necessária para o enfrentamento de grandes pandemias. Contudo, ele pode desencadear ou agravar manifestações psicopatológicas, aumentando o risco do desenvolvimento de um quadro depressivo”, alerta.

Entre os problemas que podem surgir nesse período, a especialista cita alterações do humor, ansiedade, estresse, alterações do sono (insônia ou sono em excesso), alteração no apetite (falta de apetite ou apetite em excesso), luto patológico, abuso de drogas, transtornos de adaptação, entre outros.

Diante da importância de trazer esclarecimento à população sobre o tema, a especialista traz recomendações que podem ser feitas em casa e que contribuem para reduzir, prevenir ou evitar essas condições.

7 dicas para fortalecer a saúde mental

1- Realize atividades prazerosas, como meditação, leitura, exercícios de respiração, artesanato, jardinagem, entre outros;

2- Evite a exposição excessiva às notícias diárias, sempre checando a veracidade das informações;

3- Pratique atividade física, que auxilia na redução dos níveis de estresse, além de liberar hormônios que trazem sensação de bem-estar físico e mental;

4- Mantenha contato com amigos e familiares, seja por telefone, videochamadas, redes sociais, etc., compartilhando sentimentos e anseios com pessoas de confiança;

5- Evite o consumo de álcool, tabaco e outras drogas para lidar com as emoções, a fim de não se torne um hábito e traga problemas futuros como a dependência de substâncias psicoativas;

6- Crie uma rotina e busque segui-la. Essa estrutura favorece o equilíbrio emocional e ajuda a reduzir a ansiedade. Isso inclui: refeições saudáveis em horários pré-determinados, manutenção do horário do sono e tempo destinado às atividades profissionais e de lazer em equilíbrio;

7- Compartilhe e participe de ações de cuidado e solidariedade, como por exemplo, campanhas solidárias ou mobilizações que o façam sentir-se parte do meio social.

Dra. Tatiana destaca, ainda, que é importante buscar ajuda especializada quando as estratégias adotadas não forem suficientes, mantendo-se atento caso os sintomas persistam ou se tornem mais intensos.

Tratamentos na rede pública

A especialista explica que o tratamento para depressão envolve diversas áreas, devendo ser feito por uma equipe multiprofissional que possibilite a troca de conhecimentos para a criação de um projeto terapêutico singular, focado nas necessidades específicas de cada paciente.

“Na Saúde Pública, há serviços na Atenção Primária e na Especializada que ofertam apoio em saúde mental. Entre eles há os CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), nas modalidades Adulto, Infanto-juvenil e Álcool e Drogas”, orienta.

Os CAPS são voltados ao atendimento de transtornos mentais graves e persistentes, incluindo as enfermidades decorrentes do uso de substâncias psicoativas (álcool e outras drogas). “O CEJAM atua em diversas unidades de São Paulo, oferecendo acompanhamento em saúde mental à população geral, entre eles o CAPS AD III Jardim Ângela, o CAPS Infanto-juvenil II M´Boi Mirim, o Rede Hora Certa II M´Boi Mirim, as UBS com equipe NASF e AMA Especialidade, em Capão Redondo”.

Em situações mais graves, a psicóloga ressalta que questões relacionadas à instabilidade financeira, vulnerabilidade social, desemprego, alterações abruptas da rotina entre outras adversidades ampliadas com o isolamento social podem contribuir para a piora de casos de depressão e riscos de suicídio.

“Nesse momento, é fundamental contarmos com estratégias preventivas para diminuir o impacto da pandemia na população. Um importante canal a ser divulgado é o serviço de apoio emocional e prevenção de suicídio do CVV (Centro de Valorização da Vida), acessível a qualquer pessoa pelo telefone 188 ou site www.cvv.org.br”, reforça.

Sobre o CEJAM

O Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” (CEJAM) é uma entidade filantrópica e sem fins lucrativos. Fundada em 1991, a instituição atua em parceria com prefeituras locais, nas regiões onde atua, ou com o Governo do Estado, no gerenciamento de serviços e programas de saúde nos municípios de São Paulo, Rio de Janeiro, Mogi das Cruzes, Itu, Osasco, Embu das Artes, Cajamar, Campinas, Carapicuíba e Francisco Morato.

Com a missão de ser instrumento transformador da vida das pessoas por meio de ações de promoção, prevenção e assistência à saúde, o CEJAM é considerado uma Instituição de excelência no apoio ao Sistema Único de Saúde (SUS). O seu nome é uma homenagem ao Dr. João Amorim, médico obstetra e um dos fundadores da entidade.

Para mais informações, acesse: https://cejam.org.br/

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