PRECISAMOS FALAR SOBRE DEPRESSÃO SAZONAL
Dias mais gelados e cinzentos, noites longas, poucas chuvas e aquela fome insaciável… Esses são apenas alguns dos indícios mais clássicos de que a estação mais fria do ano já chegou. Apesar de ser comum que as pessoas fiquem um pouco desanimadas por conta do clima, é preciso ficar atento aos sintomas para entender até que ponto a falta de ânimo e energia são apenas uma “preguicinha” ou se estão dentro um espectro mais grave, como a depressão sazonal (seasonal affective disorder – SAD).
Apesar de pouco discutida, a SAD é um tipo de transtorno que está diretamente ligado à mudança das estações, afetando o paciente, todos os anos e sempre na mesma época. Um dos fatores que pode explicar a condição é justamente a baixa luminosidade do período. Isso porque a luz influencia diretamente o nosso relógio biológico, quebrando a produção de serotonina, também conhecida como o hormônio da felicidade.
Além disso, pouca luz também afeta a produção de melatonina, que é associada ao sono. Logo, quanto menos luz natural, maior a concentração deste hormônio, gerando mais fadiga e cansaço, principais sintomas da depressão sazonal. Para entender um pouco melhor sobre a condição, Milene Rosenthal, psicóloga e fundadora da plataforma de psicoterapia Telavita, separou alguns pontos importantes para ficar de olho nesta época do ano. Confira!
Não é só um clima feio: a doença é um pouco mais difícil de ser identificada, mas a mudança de humor decorrente da virada de estação é algo constante, ocorre todos os anos, sempre na mesma época, com a sensação de fadiga, desânimo, alterações de sono e apetite sendo recorrentes no período do inverno;
Depressão não é brincadeira: todos nós temos dias ruins, vez ou outra, seja por preguiça, falta de produtividade ou uma noite mal dormida, mas isso não quer dizer que todo mundo tenha a doença. A depressão é um quadro clínico em que o paciente, em geral, fica paralisado por conta de uma visão negativa que tem de si mesmo e do mundo a sua volta, de uma forma constante e persistente, demandando tratamento psicoterapêutico e, em alguns casos, uso de medicação;
Fique atento aos sintomas: dentre os indícios de que você ou alguém conhecido possa estar em um quadro depressivo, temos um sentimento longo e duradouro de melancolia, alterações frequentes de humor, apatia, sono e apetite desregulados – algumas pessoas podem apresentar total falta de apetite e insônia, enquanto outras possuem hipersonia e compulsões alimentares –, perda de autoestima, dificuldade de concentração e pouco ou nenhum prazer em atividades que antes gostava;
Como saber que está na hora de procurar ajuda profissional? Como dito acima, todos temos dias ruins e estamos suscetíveis a apresentar um ou outro sintoma. A grande questão da depressão é a intensidade e frequência deles. Por isso, o indicado é ficar de olho e, caso o quadro persista em um período de 10 a 15 dias, está na hora de procurar ajuda profissional;
Existe tratamento: como qualquer transtorno emocional e mental, a SAD também possui tratamentos e práticas que ajudam a reduzir os sintomas. Dentre eles, manter uma alimentação balanceada, a prática de esportes e, claro, o tratamento psicoterapêutico. Hoje já é possível ter um acompanhamento psicológico de maneira remota, por meio de chamadas de vídeo e até mesmo chat. Para isso, é importante buscar plataformas certificadas, que conectam pacientes a especialistas, como é o caso da Telavita. Assim, você pode receber um tratamento qualificado de forma rápida, simples e segura.