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CotidianoSaúde

Dia Mundial Sem Tabaco completa 35 anos

Ofertas de tipos distintos de tabagismo evoluíram para seduzir o consumidor

O Dia Mundial Sem Tabaco foi instituído pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 31 de maio de 1987 para alertar contra os prejuízos causados pelo hábito de fumar.

Passados 35 anos da criação da data, antigas formas de fumar se juntam a novas e ainda persistem na sociedade.

Cigarro eletrônico, cigarro com filtro, de palha, charuto, narguilé, entre outros, não importa o tipo de tabagismo, especialistas esclarecem que esse comportamento sempre poderá provocar algum dano à saúde.

“É importante ressaltar que não existem formas seguras de consumo de tabaco”, afirma a oncologista do Hospital São Vicente Curitiba, Dra. Rayssa Helena de Sena.

Um dos dispositivos que, apesar da comercialização proibida no Brasil, chega ao consumidor é o cigarro eletrônico, que ganhou vários adeptos pelas pessoas acreditarem que o produto faz menos mal à saúde.

Contundo, a Dra. Rayssa, alerta: “apesar de ainda não existirem estudos populacionais concretos sobre cigarro eletrônico, pois é uma nova forma de tabagismo, não há nenhum motivo para acreditar que o cigarro eletrônico não contenha os mesmos malefícios dos já pesquisados”.

Pelo contrário, a oncologista explica que já há casos que associam problemas pulmonares ao cigarro eletrônico.

“Algum tempo atrás, foi descrito um dano pulmonar que levou à insuficiência respiratória aguda, que indicou a necessidade de ventilação mecânica e de intubação do paciente”, relata.

O tabagismo está relacionado a vários tipos de doenças, como as cardiovasculares e os cânceres, entre eles os de cabeça e pescoço, os tumores de orofaringe, laringe e esôfago, alguns de estômago, de bexiga, entre outros.

“O câncer de pulmão é, no Brasil, a terceira causa de câncer em homens e a quarta causa de câncer em mulheres, e 90% desses casos estão associados ao tabagismo”, revela a oncologista.

Como parar de fumar

Se qualquer forma de tabaco é nociva, não fumar é a única solução. Inclusive, até para quem convive com o fumante.

“É muito difícil quantificar a exposição do fumante passivo ao tabaco, mas, sem dúvida, esse é um fator de risco conhecido não só para o câncer de pulmão, como para outras doenças pulmonares, doença pulmonar obstrutiva crônica, doenças fibrogênicas do pulmão”, considera a médica.

Mas, não é toda pessoa que consegue abandonar facilmente o tabagismo.

Por isso, a recomendação é conversar com um médico, que pode indicar medicações, terapias comportamentais, terapias de grupo, entre outros métodos que ajudem o paciente a parar de fumar.

“Existem várias escalas que são muito bem validadas para que o médico acesse o grau de dependência química de cada paciente e, a partir daí, seja traçada uma estratégia individualizada”, completa Dra. Rayssa Helena de Sena.

 

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