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Economia

Como ensinar sobre economia circular e colaborativa para as crianças

O modo como consumimos está mudando por diferentes fatores, entre os quais se destaca a sustentabilidade, sobretudo no mercado da moda. Nesse sentido, roupas, calçados e acessórios usados representam hoje um mercado de US﹩ 10 bilhões nos EUA, segundo dados da empresa de pesquisa de mercado IBISWorld.

As crianças crescem muito rápido e, por esse motivo, “perdem” inúmeras roupas com pouco tempo de uso. Além disso, costumam “cansar” com facilidade de brinquedos e livros em perfeito estado. Em todos estes casos, o destino comum para estes objetos é o desuso ou o lixo. A economia circular e colaborativa visa justamente quebrar essa corrente de consumo irresponsável e incentivar a revenda de itens que, embora ainda estejam bons, já não têm mais utilidade para os seus donos iniciais.

Segundo pesquisa feita em 2018 pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), nove em cada dez consumidores brasileiros (87%) acreditam que a economia compartilhada é uma prática que vem ganhando mais espaço na vida das pessoas.

Para tornar esse hábito cada vez mais comum no país, algumas empresas, como as startups abaixo, disponibilizam ao público uma ampla diversidade de produtos second hand, muitos deles voltados para crianças, como roupas e até brinquedos. Uma oportunidade para os pais ensinarem os filhos a ingressarem desde cedo, e com naturalidade, no universo da economia colaborativa. Confira:

Venda de roupas usadas

A TROC Kids, página da TROC – maior brechó online do Brasil – dedicada para peças de crianças de zero até doze anos de idade, é uma plataforma que conecta pessoas que querem vender e comprar roupas, bolsas, sapatos e acessórios usados das melhores marcas e em perfeito estado. O grande diferencial do brechó 100% online é a curadoria feita sobre os produtos e o volume de opções que oferecem. “Colocamos no site 4.000 peças para a estreia da página e todas foram vendidas em dois dias. As crianças crescem muito rápido e, após usarem poucas vezes, as roupas já não servem mais. Por isso, os itens estão praticamente novos e, na TROC, sempre estão em perfeito estado”, explica Luanna Toniolo, fundadora da startup. A TROC Kids tem opções para todos os gostos e bolsos, com peças de fast fashion, premium e luxo. Os valores variam de R$ 8,00 a R$ 1.400,00.

Troca de Brinquedos

O Brincou Trocou é um site especializado em brinquedos, criado por Daniel Pinho em 2015, que disponibiliza diversos estilos de jogos, como quebra-cabeças, instrumentos musicais, entre outros. Para colaborar, é preciso se cadastrar por meio de e-mail e senha ou com o ID do Facebook. Assim, quando o usuário disponibiliza um item no site, ele recebe uma quantidade específica de dinheiro virtual que pode ser utilizado para adquirir objetos de outros cadastrados. Ou seja, envia os brinquedos por correio e ganha moedas para trocar por outros brinquedos. Essa iniciativa ensina sobre o consumo consciente e a economia colaborativa para os pequenos, afinal a maioria das crianças têm muitos brinquedos e estão dispostos a trocá-los por novos, caso sejam incentivados para isto.

Repasse de livros

Não é sempre que um livro rouba o coração de um leitor. Para não deixá-lo de lado consumindo poeira, uma das melhores atitudes a se tomar, ao invés de jogá-lo no lixo, é trocá-lo por algum outro que seja do seu gosto. Um dos sites que auxiliam nesse sentido é o Livra Livro, plataforma que conecta leitores de todo o Brasil com o objetivo de repassar os livros adiante. Para fazer parte do grupo, apenas um cadastro na página do Livra Livro já é o suficiente. A partir dessa etapa, é possível receber e repassar as obras – o remetente fica responsável pelo custo do envio. Também existe a possibilidade de pagar por planos mais avançados com mensalidades que variam entre R﹩ 1,99 a R﹩ 15,99. O site permite ainda receber alertas de livros para troca pelo Facebook e pelo Twitter.

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