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Cotidiano

Cinco lições para o mercado de beleza brasileiro aprendidas com o varejo norte-americano

Grupo de executivos do setor brasileiro de perfumaria debate inovações e aprendizados absorvidos na NRF Big Show para aperfeiçoar o mercado nacional

A NRF Big Show, em Nova York, é um evento muito aguardado por executivos do setor de beleza do Brasil. Apesar de não se tratar de uma feira voltada para o mercado de beleza, mas sim, de varejo, o setor tem muito conteúdo para absorver e trazer para o País pensando no desenvolvimento e sustentabilidade dos negócios e relacionamento com o consumidor. A maior feira de varejo do mundo reuniu mais de 40 mil pessoas para compartilhar ideias inovadoras, promover parcerias e proporcionar experiências.

Viabilizar oportunidades de capacitação, crescimento e geração de negócios está no centro das ações da Beauty Fair que atua durante o ano inteiro ao lado das indústrias e marcas de beleza. Por isso, pelo quinto ano, a Beauty Fair organizou uma delegação com mais de cem executivos de indústria e lojas brasileiras de perfumaria para uma semana intensa de conhecimento dentro e fora do evento, com o complemento de palestras, visitas técnicas e reuniões estratégicas.

“O que percebemos na NRF é que tecnologias e bom relacionamento entre empresas podem trazer boas negociações, mas não podemos nos esquecer do bom relacionamento com o cliente”, pontua Emília Matsuda, da Perfumaria Emy, uma das participantes da delegação. Fábio Kai, da Léo Cosméticos, complementa a ideia: “precisamos pensar na facilidade com que o cliente vai entrar e sair da loja e que tenha uma experiência de compra que encante pelo atendimento”, diz. Para Micael Park, da Ikesaki Cosméticos, “omnichannel, estratégia de precificação e foco nos clientes e nos colaboradores estão nos pilares do futuro do varejo. Cabe a nós implementar e executar essas ideias para que possamos construir um mercado de beleza avançado”, avalia.

A empresa debaterá, no dia 4 de fevereiro, estes pontos com um grupo de mais de 500 empresários e gestores de perfumaria para que possam replicá-los no dia a dia dos negócios. O evento pós-NRF é exclusivo para convidados e ocorre no Expo Center Norte, em São Paulo (SP). “Reunimos os principais destaques validados pelos especialistas que passaram pela NRF que podem contribuir, e muito, para elevar a qualidade de um mercado de beleza, que já corresponde a altas expectativas dos consumidores”, comenta Cesar Tsukuda, diretor geral da Beauty Fair.

Confira, a seguir, cinco inovações do varejo norte-americano para o mercado de perfumaria do Brasil.

Pessoas: esta é, sem dúvida, a principal tendência para o varejo. Mais do que a valorização das pessoas, o futuro dos negócios está na construção de relações interpessoais com propósitos e valores chaves para consolidar esse relacionamento. Toda a tecnologia aplicada aos negócios passa a fazer sentido se o empresário pensar como ela pode humanizar e favorecer o contato humano e os negócios.

Dados: muito se fala sobre dados no varejo, mas, na prática, poucas empresas atuam de forma efetiva com CRM no Brasil. Não há como negar que nos últimos anos o empoderamento do consumidor mudou a dinâmica dos negócios e deter o conhecimento dos dados e transformá-los em negócios passa a ser um dos grandes desafios do varejo. O empresário precisa pensar no consumidor, o que pretende entregar e, então, coletar os dados que façam sentido para o negócio e para o propósito da empresa.

Meios de pagamento: os meios de pagamento vão mudar a dinâmica no varejo e serão totalmente reinventados nos próximos cinco anos. Essa transformação já acontece na China em uma tendência chamada “chinalização”. Não se trata de uma invasão de produtos ou marca chinesas, mas sim, de o mercado olhar para esse país com atenção especial sobre como eles estão usando a tecnologia a favor do consumidor. No Brasil, teremos algo parecido em breve. O País ainda tem grande parte da população sem acesso aos bancos tradicionais e a digitalização de contas-correntes antecipa como será esse movimento, trazendo para o mundo digital o que o tradicional não consegue entregar.

Colaboração: não há dúvida que nos últimos anos o mercado mudou muito e a palavra colaboração tem que ser entendida de forma mais eficiente para que possa chegar, de fato, aos consumidores da melhor maneira. Até mesmo o trabalho em conjunto entre concorrentes se faz necessário para atender o consumidor, é a chamada “coopetição”. A colaboração entre a indústria e o varejo e entre o varejo e o consumidor passa a ser uma das principais atividades que o mercado tem que perseguir.

Ecossistema: a relação de negócio não se restringe mais a apenas vender para o consumidor. O empresário que quer se destacar no mercado precisa criar um ecossistema para criar soluções completas para o cliente.

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